Decisivo
com dois gols, sendo um deles de pênalti, Neymar saiu ovacionado de campo,
substituído por Ramires nos minutos finais. Cenário bem diferente do encontrado
no Morumbi na sexta-feira passada, quando a Seleção venceu a Sérvia por 1 a 0, e
o craque foi vaiado - após o jogo, chegou a reclamar da postura de parte dos
torcedores.
A
emoção tomou conta da Arena Corinthians no hino nacional. Assim como durante a
Copa das Confederações, o time se abraçou no gramado e cantou junto com a
torcida toda a canção, incluindo o fim da segunda parte, cortada pela Fifa. Tal
atitude deixou os olhos do veterano Julio César e do capitão Thiago Silva cheios
de lágrimas. Ainda antes do apito inicial, houve tempo para seguranças do
estádio retirarem a faixa de uma torcida organizada do Corinthians no setor
Leste.
Pulsando,
o estádio sofreu um baque no gol contra de Marcelo, logo aos 11 minutos. Apesar
da tensão quase palpável no ar, a primeira reação foi de incentivo para levantar
o time em busca da virada. E o empate não demorou a sair vindo do pé esquerdo de
Neymar, aos 28 minutos. A bola beijou a trave do goleiro Pletikosa antes de
entrar, para deixar tudo ainda mais sofrido.
No
segundo tempo, o ânimo da torcida chegou a esfriar. Tanto que os croatas, em bom
número no estádio, chegaram a ser ouvidos. Mas foram abafados quando Fred caiu
na área, e o pênalti foi marcado equivocadamente a favor do Brasil. O segundo
gol de Neymar, o da virada, levou a torcida ao delírio. A partir daí, tudo virou
festa, mas as vaias para Dilma não calaram. A rápida aparição da presidente no
telão comemorando o segundo gol foi prontamente hostilizada pelos torcedores.
Nem mesmo o terceiro gol de Oscar, a "ola" nas arquibancadas e até um princípio
de "olé" fizeram os brasileiros poupá-la.
No
fim sobraram aplausos para a Seleção de Felipão, que reforça o caso de amor
entre time e torcida a cada nova partida. Já a presidente deixou a Arena sem
nenhum afago dos 62.103 presentes no Dia dos Namorados.